domingo

Sua cabeça parece maior que as suas pernas, em contra partida o que te faz andar parece maior do que todo o resto. Acredito que com certa mobilidade você esteja sempre se adequando ao que parece mais confortável, mas admito que é sutil no fugir, já que não me remete á uma atitude covarde. Nunca te vi arriscando o próprio pescoço pelo o que deseja, pelo simples fato de realmente não saber o que quer - ou talvez de não saber o que é? Condenei diversas vezes, ponderei em tantas outras e agora me esgotei. Não entenda você que falamos da mesma covardia, ela jamais seria - já somos completamente diferentes. Talvez agora poderia fazer mais e não o faço: por desprendimento, soberba, despretensão. Venho a acreditar que aprendi o tanto que acrescentei, mas se tratando desta destreza, o muito não é nada. E fazendo jus a essa aptidão, a ausência ainda me parece excessiva. Este excesso do que já não é, me traz uma compreensão certa, que ás vezes dada por esquecida, resulta em devaneios ao acaso. Não sabemos quando mas ainda sabemos onde - alicerce desta preguiça prazerosa que tenho por ti.